REVIEW: Call Me By Your Name é a prova de que o mundo mistura tudo
"Call me by your name and i'll call you by mine.".
Essa é com certeza uma das frases mais marcantes do filme. Ela simboliza o ápice de todos os sentimentos que se misturam com o amor quando estamos verdadeiramente apaixonados. O mundo pode ser solitário e gelado ou quente como o verão e apaixonante.
O filme do italiano Luca Guadagnino é sincero, simples e executado de maneira excelente. O roteiro e os movimentos de câmera captam a essência de cada um dos personagens. O enredo conta com as descobertas de Elio (Timothée Chalamet) durante sua passagem da puberdade para a vida adulta. Élio é sensível, inteligente e curioso. O garoto está vivendo mais um verão preguiçoso com seus pais quando um acadêmico chamado Oliver (Armie Hammer) chega para ajudar seu pai em uma pesquisa. Com isso, Elio sente diversos sentimentos despertando dentro de si, sendo os principais: desejo e admiração.
A obra nos apresenta diversas esculturas romanas masculinas durante a cena de abertura e em outros momentos do filme. Essa é uma metáfora para a maneira como Elio observa Oliver. Um homem mais experiente e que percebe que o garoto sente algo por ele, porém não quer se envolver. O que acaba sendo inevitável.
Oliver é a fantasia trazida a vida e a curiosidade de Elio quer mais disso, mesmo que tente fugir dos sentimentos que foram despertados.
Vale destacar que Armie e Timothée fizeram um excelente trabalho, eles conseguiram ser fiéis aos personagens tirados do livro de mesmo nome, de Andre Aciman. Armie finalmente recebeu sua grande chance de mostrar seu talento e suas indicações como "Melhor Ator Coadjuvante" em diversas premiações comprovam isso. Timothée, por sua vez, é uma das grandes estrelas em ascensão, o ator também está indicado para várias premiações como "Melhor Ator Principal".
Outros pontos altos do filme são sua fotografia e belíssima trilha sonora. A narrativa é despretensiosa, mas cheia diversas emoções!
O filme tem estreia prevista no Brasil para o dia 18 de janeiro e merece muito seu tempo. Não é apenas uma história bonita de drama gay. Ele vai muito além, é o puro e verdadeiro primeiro amor.
Por Wagner Gonçalves
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