Salvador Dalí e a Moda.


Salvador Dalí desenvolveu na década de 30 uma linha de roupas totalmente inspirada no surrealismo, colaborou com Christian Dior e Elsa Schiaparelli. Até hoje sua influência na moda é reutilizada e ainda causa tanto fascínio, vide Lady Gaga no início de sua carreira.


A arte caminha lado a lado com a humanidade, desde os tempos mais remotos. Ela transita entre os desenhos primitivos em cavernas até o último filme de bom gosto que você tenha visto. Ela ta sempre contando algo. A arte tem o poder de nos conectar ao passado por meio dos registros deixados por civilizações antigas, por exemplo. Encontramos esses registros e a partir daí conseguimos vislumbrar como poderia ter sido viver em tal época, como eram seus costumes e seus mistérios. Quem eram aquelas pessoas? Só sabemos desses detalhes através da arte que ficou registrada. Mas claro que isso não define arte, nem é essa a intenção aqui, é apenas uma maneira de tentar ilustrar o valor da arte para a humanidade.

Uma frase de Ernst Gombrich ilustre historiador da arte, deixa bem claro sua função: 
"Nenhum povo existe no mundo sem arte" P O N T O

A moda é uma forma de arte, isso é bem claro, mas nunca tiveram tão próximas quanto na década 30. Fico fascinado quando de tempos em tempos brilha mais forte a estrela de alguns artistas como SALVADOR DALÍ que para além da sua genialidade enquanto pintor e outras inúmeras habilidades, também flertou com o mundo da moda e nos deixa inspirados até hoje.


Dalí "figurassa" dos bigodes, desenvolveu com Elsa Schiaparelli peças lendárias. 

O VESTIDO ESQUELETO: 



O TAILLEUR-ESCRIVANINHA



O VESTIDO LAGOSTA


 O SAPATO-CHAPÉU


Também produziu estampas em tecidos para industria têxtil, 




e criou uma linha de JÓIAS.


 Ta bom pra você?

Introduzido na alta sociedade por amigos artistas como Magritte, Dalí foi apresentado a Elsa e juntos inciaram o movimento surrealista na moda que surgiu para provocar a burguesia da época, criando peças que desafiavam a lógica, a estética, e as regras do vestuário. Com a segunda guerra mundial o movimento declinou, mas é referência até hoje para estilistas como Franco Moschino e Comme de Garçons.


“Sobre a relação entre o tempo e o espaço – tive consciência da união entre tempo e espaço em minha infância. Não obstante, meu invento do “relógio mole”, primeiro em pintura a óleo e mais tarde, em 1950, em ouro e pedras preciosas, provocou opiniões díspares: aprovação e compreensão, ceticismo e incredulidade.
Hoje, nas escolas americanas, meu “relógio mole” é exposto como a expressão profética da fluidez do tempo – a indivisibilidade entre o tempo e o espaço. A velocidade nas viagens, na época atual – as viagens no espaço – confirma esta convicção. O tempo não é rígido, é fluido”. Salvador Dali




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