Resenha: Coolritiba - Festival de Atitudes Que Mudam o Mundo.

Esse ano o festival Coolritiba completou sua segunda edição com muita pluralidade de público enaltecendo as diferenças. Cheio de mensagens para um mundo mais sustentável e politicamente correto o festival funcionou perfeitamente na cidade mais ecológica do país. Você precisa correr de um lado para o outro para aproveitar um pouco de cada banda. Esse ano o público ganhou uma terceira pista: "Paradis" que foi muito bem aproveitada, embora alguns problemas técnicos no som tenham atrapalhado a apresentação de algumas bandas, de qualquer modo fica num local bem estratégico para curtir e acompanhar o que está rolando no palco principal.

O público é bastante eclético e as bandas que vão de Nação Zumbi á IZA, a nova promessa do POP BR, fazendo jus ao termo "festival" pela variedade do som. A galera estava bem diversificada, homens de saia, muita montação, muito glitter e também gente discreta e básica, todo mundo curtindo a vibe única de paz e amor que estava instaurada no local.

Com exceção da praça de alimentação, não haviam filas para os banheiros e nem para o bar. Tudo fluía, inclusive o espirito coletivo do público. Quem estava lá sentia muito bem essa vibração de respeito e felicidade em todo canto. Não se via nenhum tipo de hostilidade e vibes negativas. Se a ideia do festival é estimular um universo multicolorido enaltecendo as diferenças e a convivência, parece que está conseguindo, pois a cada edição esse clima tem aumentado cada vez mais!

Palco Principal
Foto: Raphael Rocha

Responsáveis pela parte lúdica do festival tinha gente para soltar bolinhas de sabão, gente distribuindo bonés, sacolas sustentáveis, haviam artistas locais fazendo arte de rua ao vivo, tinha feira de vinil e também feira de moda só com designers e costureiros locais. Em determinado momento pediram aplausos para os artistas de rua e a galera compareceu. 

A coletividade rolava solta, certa hora ali perto de onde eu e meus amigos estávamos, começou a se formar uma grande roda de alongamento, sim, pessoas aleatórias se uniram para se alongar depois de algumas horas de festival. Coisa linda de se ver.

Lá a água é potável e gratuita, fornecida pela Sanepar, evitando assim o desperdício de trilhões de garrafas pets comuns em festivais de música, mas você precisa comprar por R$5,00 um copo de plastico que também vai servir de lembrança da festa.

No local você também encontra uma espécie de praça onde você pode levar para casa uma samambaia.

Havia praça de alimentação, mas estava muito concorrida, você perdia pelo menos 40 minutos na fila para pegar um sanduba ou algo do tipo. Normal em eventos desse porte.

E AS BANDAS? 

Esse ano abriu a edição com o pé na porta, uma banda super criativa e divertida FRANCISCO, EL HOMBRE no palco principal. Levou a plateia a loucura já no inicio da festa. Foi de longe a banda que mais interagiu com o público, fazendo o povo dançar muito, foi lindo de se ver.

Francisco, El Hombre.
Foto: facebook/coolritiba.

EMICIDA feat. PITTY E MANO BROWN. Foi um espetáculo, Emicida é um dos grandes nomes do rap nacional e não deixou barato, fez critica social, puxou um "Lula livre" e em determinado momento do seu espetáculo passou um trecho do filme "Ó paí ó" em que o personagem de Lázaro Ramos faz um discurso falando de igualdade que ARREPIOU a galera. LINDO DEMAIS. Pitty chegou cantou duas músicas, mandou beijos e foi embora. Mano Brown participou do terceiro momento do show e finalizou com muito poder o show do parceiro Emicida.

Emicida feat. Pitty
Foto: facebook/coolritiba

Emicida feat. Mano Brown
Foto: facebook/coolritiba

DREAM TEAM DO PASSINHO, estava quebrando tudo na ótima Pista Paradis, tiveram problemas técnicos com a caixa de som o que prejudicou muito a sua apresentação, mas não sua performance. A banda tem uma energia fora do comum e super animada, dançaram muito com a plateia até o chão!

Aí descemos para assistir ANAVITORIA feat SANDY  e um cantor amigo delas que canta bem. Mas não tinha nenhuma presença artística bem marcante. fizeram um show lindo e bem açucarado, as meninas juntas são ótimas, dançam bastantes e parecem duas fadas loucas na floresta. Sandy chegou toda cheia de vontade e soltou um vozeirão que também arrancou arrepios.

Anavitoria feat. Sandy
Foto: facebook/coolritiba

Ao final do show todos foram procurar outras bandas nos palcos adjacentes, o que fez com que JENNI MOSELLO começasse o show praticamente sem ninguém na plateia, mas bastou a bicha soltar a voz que a multidão começou a se reunir para ouvir a poderosa voz da Curitibana que vem apostando firme e forte no Pop. Cantou diversos hits pops de divas já consagradas como Katy Perry, Pabllo Vittar e Dua Lipa e inseriu seus hits no meio dessa farofada toda. Ela dança muito e pela primeira vez a gente sentiu o gostinho do pop, com direito a bailarinos e coreografias complexas e que funcionam muito. Já no final do show o público marcava presença e curtia muito ao som do single da cantora. Sucesso, Jenni continue assim que a gente gama!

Jenni Mosello
Foto: Instagram/festivalcoolritiba

Aí chegou a hora de IZA, que veio com tudo e entregou um showzão pop maravilhoso! O som estava incrível e ela tem um vozerão maravilhoso! Seus hits funcionam muito bem ao vivo e m´suicas que eu não conhecia passaram a ser hinos a partir de agora. Super presença de palco e coreos ótimas. Um show sensacional. Quero mais!

IZA
Foto: facebook/coolritiba

A edição desse ano fechou com os animadíssimos BAIANA SYSTEM que levantou a moral da galera que já estava bem cansada, depois de um dia todo de festa. Era visível também que muita gente chegou apenas para assistir ao show do BAIANA. Que moral hein?

Resumindo foi um festival muito lindo e que já tem a sua terceira edição garantida! Nós estaremos lá cobrindo tudo novamente. Se você ainda tem dúvidas, não deixe de ir ano que vem!

Para ir aquecendo tem playlist do festival no Spotify, aqui!

Por Raphael Rocha.

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