Videolocadoras: hábito de um passado próximo

O Netflix começou em 1998 como uma videolocadora virtual que enviava a mídia para a sua casa, pasme!

Reed Hastings e Marc Randolph inauguraram o Netflix após um deles ser obrigado a pagar uma multa por ter atrasado a devolução de filmes que havia alugado em uma videolocadora. Entendeu o quão ultrapassado aquilo era e teve a ideia de disponibilizar um catálogo de filmes hospedados em um site, a pessoa escolhia por lá (na época a internet não comportava o streaming de um filme) e eles entregavam via correio, não cobravam nada por isso, pois o filme poderia voltar no mesmo envelope em que veio e você não precisaria sair do portão de casa.

Reed Hastings e os envelopes que os filmes eram enviados por correio na primeira versão do Netflix.

Depois disso, a internet se desenvolveu com amesma velocidade de um tsunami e o Netflix foi surfando nessa onda. Você pode imaginar o resto da história e o Netflix virou o gigante que é hoje. 

Marc Randolph e Reed Hastings, fundadores do Netflix

Só que com isso, um negócio que foi muito rentável entre as décadas de 1980 até 2010 foi estrangulado pela pirataria e logo pela praticidade e diversidade de filmes disponíveis em plataformas de streaming. Que negócio é esse?

As videolocadoras.

Há aqueles amantes de cinema que ainda não encontram todos os filmes que procuram nos plataformas de streaming como o Netflix e a Amazon Prime Video e também não abrem mão do delicioso ritual de ir até a locadora e escolher os filmes que vão assistir após uma garimpada pelas prateleiras de uma videolocadora, repleta de títulos incríveis.

Nas plataformas digitais estão os filmes mais comerciais por motivos óbvios, e ficamos presos nas sugestões automáticas que esses sites disponibilizam dando a sensação constante de que já assistimos tudo. 

O Netflix surgiu de certa forma como uma videolocadora e se transformou junto com a invasão da pirataria, sites que disponibilizan filmes online, TV a cabo, torrents para baixar o que bem entender, então, porque ir até uma videolocadora?

Aí fiquei curioso pra saber como algumas videolocadoras estão fazendo para sobreviver nesse moderno jeito de escolher e assistir filmes, não consegui apenas escrever essa matéria e resolvi gravar um vídeo numa das locadoras mais legais de Curitiba e também descobrir algumas relíquias de seu acervo, o resto dessa história você vai conferir no vídeo!

Antes, ir até uma videolocadora era parte de um ritual pra várias pessoas, eu gastava horas na escolha dos filmes que levaria para ver e a quantidade de opções era muito maior do que qualquer site para assistir filmes online, sem contar que você não os assistia de maneira ilegal.

Até a surgimento do filmes on demand e fazer link com a extinção das locadoras. Recentemente houve uma onda de vídeos, principalmente em videoclips, que carregam um pouco desse "filtro" dos vídeos em VHS, como um charme retrô na atmosfera do vídeotape.

Agora acredito que as videolocadoras se tornem o que um sebo de discos é hoje, um lugar onde você possa ir para recorrer a filmes clássicos ou filmes que você dificilmente vai encontrar num site de streaming.

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